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Sim, já se passaram alguns anos... E então, eis que fui ao bar. Aquele, o bar de sempre.
Para minha surpresa, Azevedo não era mais o o bartender. Olhei pelo balcão inteiro e não o encontrei. Perguntei sobre ele, mas os novos profissionais do local não souberam me responder. Enfim, resolvi não querer descobrir. Apenas pedi um drink e me dirigi até uma mesa.
O bar não mudou muito. Uma nova pintura, algumas novas decorações, mas o ar boêmio do local permanece. Ótimo!
*Primeiro gole*
É fantástico como a vida flui... Como as coisas acontecem, como a ordem natural das coisas se adapta. Passei anos frequentando este local, e após anos sem vir, ainda consigo encontrar acolhimento. Mesmo sendo uma pessoa diferente, mais velho e com menos cabelo, mas apesar das mudanças, ainda permanacem detalhes que remetem ao passado.
*Segundo gole*
Ora, nem comecei a beber e já quero ressucitar o poeta!? É cedo. É!? Olho ao redor e vejo jovens mulheres, belas... Acompanhadas... Sem graça! Vejo rapazes que me parecem ter completado dezoito anos no mês passado. Eles bebem whiskey com energético. Lamentável.
*Terceiro gole*
É, me faz falta o Azevedo. Se ele estivesse aqui, de certo estaria falando com ele sobre os giros malucos da vida. Talvez, a falta dele seja apenas mais um desses giros. Muito mudou, mas ao mesmo tempo, muito parece convergir para o que era... É, no terceiro gole e já começo a deixar Kiekegaard orgulhoso.
Talvez, e só talvez, isso seja uma revolução, ou então, a evolução!
*Quarto e último gole*
Muita coisa mudou. Entre tantas, talvez até aquilo que eu sou. É natural, é comum! Comum, mas nunca normal. Se por um lado é ncessário haver mudança, troca se a música mas nunca a dança. Conserva sua essência, estimule seu imaginário. Busque no fundo do armário, paciência! Se acaso tha inspirado, aceite que é o esperado. Haverá de surgir! A revolução! E então poderemos sorrir seguindo a evolução.
Por hoje, só um drink. Quem sabe não estico o tempo na próxima. Seria muito bom uma próxima vez!
Obrigado!
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