Aventura

Aventura
a.ven.tu.ra
sf (lat adventura) 1 Acontecimento imprevisto. 2 Ação ou empresa arriscada.3 Conquista amorosa. 4 Sucesso romanesco. 5 Patuscada. 6 Risco. 7 Acaso, sorte.

V


Então era isso! Eu era uma marionete nas mãos dela... E eu podia dizer isso sem medos, eu estava nas mãos dela naquela altura. E não conseguia ficar sem pensar. O que eu deveria fazer, pensar?
Ela se tornava cada vez mais irresistível! E não somente pela atração física, mas eu já deseja partilhar do tempo com ela. Ela ia além daqueles olhos mágicos, aquele seu poder de sedução, sua beleza em geral... Ela sabia conversar, articulava muito bem as palavras... Ousaria dizer que ela era uma exímia manipuladora, não estaria tão errado, afinal, ela me manipula facilmente, mas acho que essa palavra seria pesada demais. Vale lembrar que eu não resisto e não acho isso de todo ruim!
Mas do jeito que estava eu não podia continuar. Decidi que queria vê-lá longe de mim. Sei que ela trabalha em sua própria clinica, mas também sei que ela da plantão no hospital hoje. É um ambiente corrido, posso facilmente entrar lá e procurar por ela. (Nossa, estou me sentindo um espião! A que ponto eu cheguei!?)
Pois bem, e cá estou. No hospital, fingindo visitar um amigo internado, andando pelos corredores tentando encontrar com ela. E então, alguns metros a minha frente, eis que a vi conversando com as enfermeiras...

Deslumbrante em sua infinita beleza, um anjo vestido de branco com toda certeza! Atenciosa, elegante e carinhosa. Não deixava de cumprimentar quem passava, sorria e a todos encantava. Desejava intimamente ser então, aquele que esperaria por ela no lar. Dar o repouso merecido em meus braços ao abraçar, sua cabeça delicadamente reconfortar. Como desejava ser... Sua cabeça deitada em meu peito, aonde me coração mais devagar haveria de bater, recitaria versos em tom manso, tudo para que nada atrapalhasse seu descanso. 
Ah, doce ilusão... Amarga vontade. Meu desejo é um, mas é outra a verdade!

Peguei um pedaço de papel e escrevi um bilhete. Deixei com uma das enfermeiras e pedi que entregassem para ela.
"Não sei se deveria chamar de saudade, mas algo me motivou a escrever para ti. Como você é linda!"
Voltei pra casa, e fiquei tentando disfarçar minha ansiedade em receber uma mensagem dela, mas antes que eu pudesse dormir, a tal mensagem chegou.
"Se não é saudade, me diga o que é, afinal ler suas palavras aliviaram esse sentimento desconhecido"

Estava claro, estávamos embarcando em uma aventura por uma linha tênue entre o perigo e o desejo. 
Mas eu não queria parar.

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