Obrigado, e adeus!

Depois de rodar por várias ruas, finalmente encontrei um bar o qual me identifiquei nessa cidade em que estou passando uns dias de folga.
Entrei, me dirigi até o balcão e pedi minha primeira dose. Notei que o movimento não era grande, me apresentei ao barmam, e lhe convidei a ouvir um lamento.
Ele me disse que não seria a primeira vez que isso acontecera, e se serviu de uma dose também, acomodou-se em minha frente e se pôs a me ouvir.

Tínhamos, e pior, ainda temos tudo para sermos um casal perfeito, mas não quis assim a sintonia. Nunca passaremos do que somos! Hoje, talvez por falha minha, amanhã, talvez por falha dela... Nos queremos, em situações e vidas diferentes...
Ou não! Ou talvez então eu tenha sido um idiota mesmo! Confundi as coisas, coloquei meu mais precioso bem em jogo, pior do que isso! Tirei a inocência e a beleza de nossa amizade.
É bem provável que ela me perdoaria, me sentiria humilhado e ainda mais ferido, mas eu, eu jamais vou me perdoar! Maculei meu ideal, por não saber manusear, por não saber controlar, e mais irônico ainda, por ter nascido poeta!
Se me resta algum consolo, é ao pensar que foi com ela que consegui chegar o mais perto possível do que sempre sonhei! Foi com ela que tive uma troca de experiências, de carinho, atenção e preocupação! Porque, é nisso que verdadeiramente consiste uma relação! Complementos!
Um poeta vive de romances de fantasias, acredito que nosso romance causaria inveja em muitos poetas que existiram... E, com toda essa ironia que nos cerca, agradeço por ela ter feito de mim, uma pessoa que chegou próximo de um conto romântico real!

O melhor agora é chamar um táxi para voltar ao hotel, e pensar em como vou deixar minha carta de adeus à ela.

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