Apenas um jantar.

Ela tinha deixado eu escolher o programa que faríamos naquela gostosa noite de Verão. Era começo de ano, energias renovadas, o clima esperançoso ainda pairava no ar. Todos dispostos a cumprirem suas promessas de ano novo, e curiosamente, tanto ela, quanto eu tínhamos prometido nos apaixonar por alguém neste ano que acabara de começar.

Escolhi um restaurante. Afastado do centro da cidade, sem aquele barulho de carros. Tratava-se de uma culinária específica, um ambiente bem confortável, com a dose certa de luxo.
Conversamos sobre tudo! Nossas origens, vida atual, planos para o futuro... Percorremos pelo caminho dos gostos, descobrimos que temos muito em comum, e o que não temos um comum, completa a gente. Fomos pelo perigoso e traiçoeiro caminho dos relacionamentos passados, mas concluímos bem a rota.
Derramei sob ela elogios, que ao meu ver, não se tratavam nada mais do que a verdade sendo dita.
Suas mechas louras, seus olhos encantadores, dignos de um olhar cativante!
Mas não quero falar sobre ela! Ou melhor, vou acabar falando sobre ela, mas de uma forma diferente! Falarei sobre como eu me senti naquele jantar...
Não vou mentir, me senti inseguro! Oras, uma dama como ela não é todo dia que encontramos. Resolvida, decidida, imponente... Mulher de verdade! Sei reconhecer isso, e valorizo!
Procurei conduzir aquele jantar da melhor forma possível, usando de um amplo e educado vocabulário, atencioso e carinhoso, claro que, por vezes galanteador!
Por fim, paguei a conta, e dei uma desculpa para ir buscar o carro sem ela, pedi que ela esperasse na porta do restaurante.
No carro, tirei do porta-luvas uma pequena rosa vermelha, e levei o carro até a entrada aonde ela estava me esperando. Quando entrou, lhe ofertei o simples presente, e agradeci por ela ter feito daquele simples jantar, um momento aonde me encheu de esperanças crer que, ainda existem muitas pessoas valiosas no mundo! E muitas, estão mais próximas de nós do que podemos imaginar!