Noite de Outubro

(...)
"Suavemente exaltando-se:
O beijo da mulher! Ó sinfonia louca da sonata que o amor improvisa na boca... No contato do lábio, onde a emoção acorda, sentir outro vibrar, como vibra uma corda... À vaga orquestração da frase que sussurra ver um corpo fremir tal qual uma bandurra... Desfalecer ouvindo a música que canta no gemido de amor que morre na garganta...Colar o lábio ardente à flor de um seio lindo, ir aos poucos subindo... Ir aos poucos subindo... Até alcançar a boca e escutar, num arquejo, o universo parar na síncope de um beijo!"

DEFINITIVAMENTE, aquele beijo ia contra todos os princípios desta sociedade estúpida!
Porém, esta mesma sociedade não é onipresente!

Estávamos ela e eu, amigos! Em uma cena não comum, deitados no mesmo colchão, assistindo filme.
Ah, pobre amizade, foi brutalmente golpeada quando ela lançou sua perna sobre minha cintura, e com um dos braços cruzados sobre meu peito.
Provocantemente, ela beijava e mordiscava meu pescoço, me levando ao delírio, despertando em mim vontades antes só sentidas em Sodoma e Gomorra! Antes estivéssemos no Vale de Sidim e assim, saciaríamos esse desejo!
Nada mais aconteceu naquela noite. 





1 comentários:

Bom, gostei da associação nesta parte 'antes só sentidas em Sodoma e Gomorra! Antes estivéssemos no Vale de Sidim'

 

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Lamente-se comigo! =)

Camaradas: